quarta-feira, 31 de julho de 2013

Amizade


Meu medo é ficar tão presa à ideia de expor minha opinião sobre o tema oferecido pela carta do dia, que esse texto termine em pedidos de desculpas e agradecimentos pela amizade de muitas pessoas. O que não teria sentido algum, já que essas dificilmente irão ler tais declarações ingênuas e desesperadas. Então, aproveitei a necessidade de sair de casa e resolver uns problemas para observar as pessoas na rua e ver o que é amizade explícita nos outros. Só procurando manter o olhar em quem estivesse acompanhado, grupos, duplas de amigos.

Me senti uma Vulcana recém chegada ao planeta Terra analisando as relações humanas. E notei um padrão, crianças se divertem juntas sem pudores, enquanto os adultos sempre estão desconfortáveis, mesmo com conhecidos. Parece que depois de uma certa idade você é obrigado a aceitar que convivência é obrigatoriamente difícil, lembrando que é de bom tom assumir uma postura de respeito com outros adultos. É eminente a necessidade de ter educação, porém é triste perceber como desenvolvemos uma bolha de frieza, envolvendo e nos acobertando do perigo de se aproximar demais dos outros.

Tá certo que ser super sincero é uma insensatez, mas algo me impede de gostar das pessoas que parecem estar interpretando quem elas gostariam de ser. Fazer isso é perder a própria essência e o mais triste é não perceber como isso tudo se resume a medo de se divertir. Conheço um cara que sempre precisa fingir que está bêbado quando saímos, depois de um tempo todos ficam meio constrangidos, mas ninguém nunca teve coragem de dizer que percebeu ele jogando a bebida fora em algum canto. Amizade verdadeira está em admitir algumas questões, porque se sente seguro e confortável, quando não é o caso, ninguém pode se forçar a nada.

Temos dificuldade em descobrir grandes amizades, porque as perdemos na época mais pura da vida. Um conto me fez perceber isso muito bem, O corpo, do Stephen King, história que ficou ainda mais conhecida depois que foi adaptada no filme Conta comigo. Nele quatro meninos de personalidades bem diferentes fazem uma jornada para encontrar o corpo de um rapaz desaparecido. Apesar do objetivo macabro, a trama não é sobre morte, o que está em realce é justamente a relação entre os meninos, amizade que não julga, escolhe ou tem interesses, simplesmente existe. O filme termina com um dos personagens principais, já adulto, dizendo:

“Eu nunca mais tive amigos como os que tive quando tinha 12 anos… Meu Deus, e alguém tem?”

Quanto a minha lista de amigos verdadeiros, está feita. Mas é feio divulgar essas coisas. Só essa ordenação por “grau de amizade” que não faz sentido, não existe um medidor, na realidade, categorizar a amizade é inviável. Muda de pessoa em pessoa, e às vezes, a gente nem consegue descrever com palavras o que alguém representa, só ama e pronto. Tem coisa que não precisa explicar.

Ana Terra

terça-feira, 30 de julho de 2013

Reveja seus valores

Estranhamente esta carta apareceu
com a ponta queimada.
(provavelmente tive alguma
dificuldade em cumprir a tarefa
na primeira vez que joguei,
aos 9 anos de idade)

1. Liberdade:
Acho que tem a ver com conforto. Se eu pudesse dar uma forma ao substantivo abstrato, diria que liberdade é tipo uma samba-canção de seda numa noite quente. Porque é a recusa a qualquer tipo de corrente, a qualquer coisa que aprisione, que sufoque, que limite. Mas cuidado: é menos uma vontade de saltitar pelas montanhas e mais uma obrigação de rolar por elas perigosamente, passando por cima das plaquinhas de "não pise a grama". Liberdade dá trabalho. O mundo inteiro quer tirar de você e, na maioria das vezes, você mesmo procura as correntes.

2. Independência:
Porque sem ela, sua liberdade fica limitada. E eu posso não ser muito dependente das pessoas, emocionalmente falando, mas dependo de outras inúmeras coisas e substâncias e tô querendo mudar. Eu ainda moro com meus pais, sabe? Estou naquela fase "Alice depois de comer o bolo", que torna os cômodos menores a cada dia que passa.

3. Perseverança:
Nunca me arrependi de ter sido perseverante em alguma coisa. O contrário acontece sempre. Acho que poucas coisas legais vão aparecer sem perseverança. Existe a porra de um carma universal que faz com que as coisas boas custem mais caro. Infelizmente eu não tenho tido paciência, força ou vontade pra correr atrás delas.

Minha lista de valores humanos, haha.

Pedro Bala

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Recorde de alguém que já faleceu


Quando tirei a carta lembrei minha falta de tato quanto ao assunto. Tudo porque minha primeira percepção da fragilidade do ser humano veio em uma confusão enorme. Para reconhecer aqueles sentimentos de descoberta preciso dar uma espiada ali na minha infância. Eu era uma criança solitária, porém a vontade de estar sozinha não tinha qualquer elemento depressivo, era só meu jeito devagar de conhecer o mundo contemplando o pequeno círculo social que me cercava. Talvez por ter me dedicado tanto em observar as pessoas o amor nunca foi confuso pra mim, sabia quem me queria bem e respondia esses sentimentos sinceros.

Naquela época, morávamos em uma rua humilde, onde as dificuldades se condensavam e cada um se ajudava como podia, mas uma família, em especial, merece a admiração e a homenagem desse texto. Eram nossos vizinhos chilenos, personagens interessantíssimos, viviam na mesma pobreza, sofriam assaltos constantes, tinham o cansaço de trabalhar o dia inteiro pra se sustentar somado à dificuldade de estar longe do país de origem e sem poder falar a própria língua. E mesmo assim, eram felizes. Compartilhavam risadas, histórias bonitas, receitas com todos. Minha maior alegria foi ver que eles logo se tornaram amigos de meus pais, e diga-se de passagem, amizade aquela que veio na melhor hora, porque na época ninguém se dava o direito de sonhar com um futuro melhor, a ideia fixa era trabalhar para sobreviver e ponto. De uma hora para outra, minha mãe passou a abrir as janelas da casa, colocar música na sala, escolher toalha de mesa florida nos almoços de domingo. E eles assumiram a respeitável posição de padrinho e madrinha para mim e meus irmãos.

Só que um dia eles não apareceram no final da tarde para conversar. Eu esperei e nada. Me colocaram um vestido preto e o ambiente ao meu redor assumiu um ar de pesadelo insuportável. Disseram que a minha madrinha tinha partido, pra um lugar melhor. Me calei. Foram dias sem falar uma palavra sequer. Eu mesma não sabia explicar o porquê, só uma dor quase física que surgiu sem ninguém avisar que era possível sentir tanta saudade de alguém. Desde então essa é a única posição que consigo assumir diante da morte. Silêncio que pode ser confundido com desinteresse, mas na verdade é medo de deixar o mundo um dia sem ter feito a metade do que aquela mulher maravilhosa fez.

Ana Terra

terça-feira, 23 de julho de 2013

Conte piadas


Como se a minha vida não fosse piada suficiente.

Essa tarefa foi tão, mas tão difícil, que eu nem consegui cumprir. Mas olha... Eu tentei. Juro. Na quinta-feira passada (o prazo original da tarefa) fui pro bar com uns amigos e achei que seria a coisa mais fácil encontrar uma brecha e soltar três piadas que fariam a mesa desabar de tanto rir. A gente ficou bêbada, falou de amor, falou de pedofilia, falou de cinema e eu acabei esquecendo (principalmente porque não sou uma pessoa que conta piadas - oh WAIT - depois da internet, ninguém mais é).

Meu pai, sim, era um ótimo contador de piadas (ele tinha pilhas e mais pilhas daquelas revistinhas de anedotas separadas por categorias: loiras, bichas, portugueses, etc), mas, se na época dele já era meio embaçado, imagina agora, com Twitter e tudo mais? A gente consome, em media, 23 piadas inéditas por dia, aponta estudos. E a maioria delas é toda contextualizadinha.

No dia seguinte eu ainda não tinha desistido. Abri o Skype, porque tava sem condições de sair de casa, comecei a conversar com uma amiga e percebi a oportunidade de cumprir a tarefa atrasada. Comecei a contar uma piada péssima, que envolvia padres, cidade do interior e adultério (era a única que eu lembrava) e quando a narração acabou, me dei conta de que eu tinha vivido um dos piores momentos da minha vida. Ela riu, né? Porque é realmente engraçado um amigo jogar uma piada ruim dessas, sem contexto algum, em pleno século XXI. E eu tive um surto de lucidez e decidi não ir em frente e contar as outras duas. Acho que o mundo não precisava.

Então é isso. Atrasei quase uma semana pra postar e nem cumpri a tarefa. Sou um ótimo blogueiro, beijos.

Pedro Bala

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Olhe-se atentamente em um espelho


Fui conversar com  aquela lá do espelho assim, frágil mesmo, despida de pré-julgamentos, intenções, emoções e roupas. Pronta pra apanhar de quem mais sabe achar defeitos. Acontece que me surpreendi. Ali estava uma mulher com certo olhar de desafio. Ensaiei algumas críticas sobre o corpo, o cabelo, a pele, enquanto ela respondeu quase gritando "e isso importa?". 

De fato, foi-se o tempo em que eu não soube me aceitar. Tudo porque o olhar dos outros pesava e o esforço inútil de tentar agradar cansa. Se não tivesse colocado os pés no chão seria impossível aceitar os limites que a natureza me impôs. Por isso pessoas bonitas me assustam, são como seres mitológicos, vencedoras de um prêmio que exibem orgulhosas por onde andam.

Imaginando como os outros me enxergam é que o olhar de desafio do reflexo no espelho faz sentido. Demorei muito pra aprender que minha aparência boa ou ruim não agride ninguém, portanto, quem decide sobre nossas qualidades somos nós mesmos. Conheço uma professora que ficaria feliz em ver como assumi uma postura de "protagonismo" diante da vida.

E quando estar fora do padrão estético não é nenhuma falta de consideração à humanidade cria-se uma concepção de liberdade maravilhosa. O corpo se conecta com a alma e sem máscaras as pessoas ficam bem mais interessantes.  Foi assim que conheci os prazeres de me deixar levar sem culpa e sem medo para o que der e vier, foi assim que me tornei mulher tão livre e à vontade com a minha natureza quanto um animal selvagem.

Ana Terra

terça-feira, 16 de julho de 2013

Amor


Aprendi com Sandy e Júnior tudo o que eu sei sobre o amor. E acho que esse texto poderia acabar por aqui, porque uma criança que já ouvia música de fossa aos sete anos de idade, dificilmente vai conseguir se tornar um adulto bem resolvido com a questão. Ou pelo menos bem resolvido o suficiente para falar sobre ela.

A minha visão do amor é louca de romântica. E não tem como não ser. Desde que me entendo por gente sou bombardeado por Romeus e Julietas e Bentinhos e Capitus e Jacks e Roses e acho tudo muito lindo. Só que esse tipo de amor não existe, né? E isso eu só fui descobrir com uns 14 anos, quando a ideia já tinha vingado aqui dentro. Aí não adiantava mais lutar. Eu estava fadado a viver procurando um amor que, racionalmente, eu já dava por extinto.

Por proteção ou medo, acabei me fechando e assumindo uma postura extremamente blasé pras coisas do coração. Postura essa que venho sustentando até hoje com afinco. O medo do não-amor é quase tão forte e verdadeiro quanto o medo do amor. Se você parar pra pensar, são a mesma coisa.

Não Te Amo, do Almeida Garret:

Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.


Não te amo, quero-te: o amor é vida.

E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!


Ai! não te amo, não; e só te quero

De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.


Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.

Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?


E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Gosto de pensar que amor é uma questão de fé. Assim como Deus.

É preciso acreditar que amor é isso que você está sentindo ou que você está sentindo aquilo que dizem ser amor. É preciso estar atento às inspirações da alma, às influências do espírito, às manifestações da natureza. No dia em que alguém tiver certeza da existência de Deus, ele deixa de existir. Isso porque sem fé, religião vira história; e fé consiste, basicamente, em acreditar no que não se vê. Se a existência de Deus for provada, nossa fé deixa de ser.

Pedro Bala

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cumprimente as pessoas de forma diferente...



Não é nenhuma surpresa que o meu primeiro desafio seja algo social. Não que eu acredite que as forças do destino estejam trabalhando para que toda segunda e quarta eu escolha uma carta relacionada àquele exato momento da vida, mas é certo que ando precisando de um empurrão pra interagir mais com as pessoas ao meu redor. Na verdade,  timidez e medo dificultam a aproximação com quem não se tem muita intimidade. Daí, fica a questão, se não diz nem 'oi' não tem como conhecer gente nova, participar de conversas diferentes e dizer que se aventurou. Depois não vale reclamar da rotina...

Pois então, decidi cumprimentar as pessoas desconhecidas na rua, no metrô, nos corredores da Universidade, no ônibus com um sorriso e ver como elas respondem a essa sutileza. E aquele pessoal que já conheço, bom, esses eu pensei em surpreender. A ideia foi abraçar, perguntar como estão e falar algo que sempre quis dizer e nunca achei oportunidade adequada. O interessante é ver a reação de cada um.

O susto já veio pela manhã, quando abracei a minha mãe e percebi que quase nunca faço isso, algo simples, mas imagino que ela esteja desconfiada até agora. Durante o dia, fiquei tão tensa em alcançar a meta que me vi mandando vídeos rápidos cumprimentando meus amigos fazendo umas caretas.

Mas "hoje topei com alguns
Conhecidos meus
Me dão bom-dia, cheios de carinho;
Dizem para eu ter muita luz
E ficar com Deus
Eles têm pena de eu viver sozinho"

Fico pensando como a solidão deve superar tantos outros sentimentos, já que é capaz de tomar conta de todos os caminhos de uma pessoa, cujo único destino é se tornar paranoica e obcecada em esconder o sofrimento, para não causar pena. Sendo que a pena vem toda dela para si. Talvez seja para evitar essa loucura que nos arriscamos todos os dias a sair nas ruas, olhar para as pessoas e conversar, tentando desesperadamente criar algum laço, mesmo que ilusório. 

Diário de Chico Buarque à parte, é chegado o clímax da história. Acontece que um menino me chamou pra viver uma tarde lá na rua dele e eu fui. Ri, senti, refleti, flutuei na minha existência singela, porém capaz de mudar o mundo. Abandonamos as obrigações e fomos para a dimensão que nenhuma criança deveria ser obrigada a sair, aquela em que nada é levado a sério, porque nada é realmente sério. Cumprimentamos a vida e a nós mesmos de um jeito tão espalhafatoso, que se os críticos de cinema estivessem assistindo a cena teriam vangloriado e destacado como uma das mais despretensiosas e engraçadas do ano.

E como foi distribuir sorrisos para os desconhecidos na rua? Então, os rapazes do carro do gás responderam com assovios e beijos assoprados no ar. Se isso não elevar qualquer auto-estima, eu não sei mais o que elevaria.

 Ana Terra

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Convivência


Sério. Quem foi que teve essa ideia? É óbvio que um jogo desses não daria certo. Primeiro porque eu desisto das coisas, segundo porque tenho duas tendências muito fortes: o desinteresse e a pretensão. Quando tirei essa carta diabólica da pilha, tive que fazer uma escolha. Eu poderia mandar um sms qualquer pra uma amiga insuportável, dizendo o tanto que ela é insuportável e o tanto que isso me incomoda (desinteresse), ou eu poderia levar a coisa a sério e falar com alguém que realmente tenha alguma importância na minha vida (pretensão). Então mandei um e-mail pro meu pai.

É importante, antes de tudo, explicar como funciona a dinâmica aqui em casa. Todo mundo se ama, não existem conflitos explícitos e a gente fala de tudo, menos das coisas que importam. Isso significa que a gente pode passar horas divagando sobre um filme, um cantor novo ou o casamento flopado daquela prima de São Paulo, mas nunca conseguimos falar sobre o que a gente sente. Existe uma camada bastante espessa de medo que impede essa comunicação. Na maioria das vezes, descubro que minha mãe está preocupada comigo porque meu irmão mais velho me conta. E olha que minha mãe faz o tipo dramática. Ela até já ensaiou algumas dessas conversas um pouco mais profundas, mas percebeu que não era uma boa ideia, já que tudo o que a gente conseguia fazer era chorar.

Já o meu pai é incrível. Ele sempre foi pra mim algo muito próximo do inabalável. Nunca vi Sr. Bala chorando. Nunca vi Sr. Bala brigando com Sra. Bala. Nunca vi nada disso, que seres humanos costumam fazer. O que é uma segurança e também um problema. Só que, de uns tempos pra cá, ele tem perdido o brio. E eu sabia que era por minha causa. E só quem já fez o pai ou a mãe sofrer (todo mundo, duh) sabe como isso é ruim.

Então hoje mandei um e-mail pra ele. Escrevi no carro, pelo celular mesmo, vários parágrafos. E todos dizendo basicamente a mesma coisa: eu sei que você tá triste e sei que é por minha causa. A gente não é muito bom de papo, então, por favor, aceita esse e-mail como uma tentativa desesperada de comunicação. Beijos.

E ele ainda não respondeu.

Pedro Bala

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Jogo do Eu


Em uma tarde letárgica, dessas que a gente furta da rotina, encontramos no guarda-roupa uma caixinha com O Jogo do Eu, que é só a coisa mais cafona que já vimos. Consiste num baralho com 60 cartas e, em cada uma delas, uma atividade de autoconhecimento para ser executada pelo jogador. Ele promete que, ao final do jogo, quando todas as tarefas forem cumpridas, você "se tornará uma pessoa mais completa". Não resistimos à cretinice do apelo e decidimos não só jogar o tal jogo, como também escrever um blog pra contar a experiência.

Na verdade não é só pelos 20 centavos não é só pelo cumprimento das tarefas. O que a gente espera é se vingar da vida, transformando essas tardes letárgicas em busca da sublimação individual e depois traduzir tudo em arte, expressando aqui com nossa literatura modesta.

Dividimos as 60 cartas de forma aleatória e misteriosa. Cada um ficou com 30. O jogo vai rolar de segunda a quinta, sendo segunda e quarta os dias da Ana e terça e quinta os dias do Pedro. No seu dia, cada um vai se comprometer a, de olhinhos fechados, pegar uma das suas cartas e executar aquela tarefa nas 24 horas seguintes. Depois a gente vem e conta como foi.