terça-feira, 23 de julho de 2013

Conte piadas


Como se a minha vida não fosse piada suficiente.

Essa tarefa foi tão, mas tão difícil, que eu nem consegui cumprir. Mas olha... Eu tentei. Juro. Na quinta-feira passada (o prazo original da tarefa) fui pro bar com uns amigos e achei que seria a coisa mais fácil encontrar uma brecha e soltar três piadas que fariam a mesa desabar de tanto rir. A gente ficou bêbada, falou de amor, falou de pedofilia, falou de cinema e eu acabei esquecendo (principalmente porque não sou uma pessoa que conta piadas - oh WAIT - depois da internet, ninguém mais é).

Meu pai, sim, era um ótimo contador de piadas (ele tinha pilhas e mais pilhas daquelas revistinhas de anedotas separadas por categorias: loiras, bichas, portugueses, etc), mas, se na época dele já era meio embaçado, imagina agora, com Twitter e tudo mais? A gente consome, em media, 23 piadas inéditas por dia, aponta estudos. E a maioria delas é toda contextualizadinha.

No dia seguinte eu ainda não tinha desistido. Abri o Skype, porque tava sem condições de sair de casa, comecei a conversar com uma amiga e percebi a oportunidade de cumprir a tarefa atrasada. Comecei a contar uma piada péssima, que envolvia padres, cidade do interior e adultério (era a única que eu lembrava) e quando a narração acabou, me dei conta de que eu tinha vivido um dos piores momentos da minha vida. Ela riu, né? Porque é realmente engraçado um amigo jogar uma piada ruim dessas, sem contexto algum, em pleno século XXI. E eu tive um surto de lucidez e decidi não ir em frente e contar as outras duas. Acho que o mundo não precisava.

Então é isso. Atrasei quase uma semana pra postar e nem cumpri a tarefa. Sou um ótimo blogueiro, beijos.

Pedro Bala

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